Trecho de On the Road, quando Sal e Dean chegam ao México pela primeira vez. No geral, não é um livro que me toca muito. Mas essa parte, sim, pela familiaridade com o que já vi e senti nas terras abaixo do Rio Grande. E por achar que o sentido de viajar é buscar lugares onde finalmente aprenderíamos algo sobre o mundo.
"(...) dirigir através do mundo rumo a lugares onde nós finalmente aprenderíamos algo entre os lavradores indígenas desse mundo, a origem, a força essencial da humanidade básica, primitiva e chorosa que se estende como um cinturão ao redor da barriga equatorial do planeta, desde a Malásia (a longa unha da China) até o grande subcontinente indiano, passando pela Arábia e pelo Marrocos, cruzando os próprios desertos e selvas do México, sobre as ondas da Polinésia para chegar ao Sião místico da Túnica Amarela, sempre ao redor, ao redor, de modo que se pode ouvir a mesma lamúria nostálgica desde as muralhas arruinadas de Cádiz, na Espanha, até vinte mil quilômetros mais além, nas profundezas de Benares, a Capital do Mundo. Essas pessoas eram indubtavelmente índias e não tinham absolutamente nada a ver com os tais Pedros e Panchos da tola tradição civilizada norte-americana. Tinham as maçãs do rosto salientes, olhos oblíquos, gestos suaves; não eram bobos, não eram palhaços; eram grandes e graves indígenas, a fonte básica da humanidade, os pais dela".
21 June 2010
14 June 2010
O que fica
Não há tempo para tanta gente e muita coisa. Nos reduzimos, nos concentramos, nos economizamos. Vai ficando o essencial. O que não pode ser adiado ou substituído. O que é vital agora.
13 June 2010
Subscribe to:
Posts (Atom)