Voltei a sonhar com a tatuagem. Desta vez, era enorme e encobria meu ombro esquerdo. Inconformada, me perguntava como havia permitido que aquela imagem fosse tecida na minha pele. Não parecia mais que uma mancha, em que o tom vermelho se destacava dos outros. De alguma forma, porém, a tatuagem derreteu e já não estava mais no ombro. Na seqüência, minha boca aparecia envolta num borrão vermelho, como se meu batom tivesse se espalhado por seus cantos. De todos os pesadelos possíveis, por que a tatuagem? Acordada, vejo-as em toda parte e me pergunto o que há nelas que me aflige quando sonho. Tecer uma trama eterna, talvez. Mas o que é eterno, afinal? A dúvida que atravessa nossas noções de tempo e de espaço no mundo. Aqui estamos, até quando?
Fora isso, sinto cheiro do fim do ano quando o ar aquece em novembro. Sinto 2008 encerrado. E agora só quero um pouco de sol.
05 November 2008
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