Dia ou noite. Ambiente aberto ou fechado. Dois conhecidos se encontram.
- Oi, tudo bem? Estava aqui pensando que... Você conhece o grande Fulano de Tal?
- Ãhn? Hum... É, vagamente ouvi falar sobre... (Droga, acordei intencionada a não responder perguntas de vestibular)
- Mas ao menos sabe que nasceu em um vilarejo da Borgonha, onde a família se recusava a produzir queijos e a beber vinho, e por isso ficou marcado desde cedo por um preconceito social que influiu em toda a sua vasta e imprescindível obra?
- Ã-hã, alguém me falou sobre... (Putaqueopariu, o que eu fiz para merecer?)
O sabe-tudo estufa o peito igual galo de briga e não perde espaço na rinha:
- Bem - continua ele - o grande Fulano de Tal foi decisivo na criação de um conceito de ... (cagação de regra sem fim) . E disse a célebre frase: "Dois mais dois são quatro!". Não é incrível? Ou seria incrível o fato de você não saber disso?
- Que ótimo, querido! Sensacional! (Bateria palmas se não fossem os maus hábitos)
***
"Você sabe quem é o grande Fulano de Tal?" é uma versão mais sutil do velho "Você sabe quem eu sou?". Resposta implícita: "Eu sou aquele que conhece o grande Fulano de Tal. Diferente de você, verme".
26 August 2006
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1 comment:
hahaha... revolta
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